domingo, 7 de janeiro de 2018

Max Zoe

Os artistas merecem reconhecimento antes de “baterem as botas”



É fadigante, triste e irritante o que acontece na pátria amada se é que realmente a designação está a ser compreendida como deve ser mas não é sobre isto que pretende-se abordar neste texto e sim a falta de sensibilidade que as pessoas carregam nos corações.
Nota-se que os artistas moçambicanos são destacados depois de “arrumarem as botas” e partirem para o além, num mundo desconhecido em que não podem desfrutar do destaque que é-lhes atribuídos pois já não podem escutar e muito menos assistir a distinção, aliás, o termo certo não é este e sim “espectáculo barato” para os que pouco são atentos assistirem, acreditarem que se trata de uma homenagem a um determinado artista, francamente que absurdo!
Os artistas devem ser reconhecidos antes destes “status”: malogrado, perecido, falecido, morto, bateu as botas, já era, “bazou”, desaparecimento físico, etc.
A fama que o artista tem depois de malogrado é incrível, se fosse assim enquanto vivo seria óptimo pois traria sensação de valor e reconhecimento da classe artística ainda que isso não gerasse dinheiro, mas tako também é maning importante!
Um verdadeiro desfile do “Rest In Peace/descanse em paz” é assistido nas redes sociais, RIP de um lado para o outro como se fosse o refrão de uma música, alguns que escrevem isso muitas vezes nem conhecem os tais artistas, a media simula uma homenagem passando fotos, momentos, vídeos, músicas e fazendo narrativas diversas, idiotas, façam isso antes desses niga’s basarem.
Os públicos devem saber posicionar-se mediante a um facto, não é porque “todo mundo” está a endereçar condolências ao fulano de X ou K e vocês abraçam a onda, evitem fazer papel de Papagaio, seus falsos!
O Governo só sabe dizer: “(…) Não vamos esquecer o legado do fulano ou fulana de W (…)”
Essa vossa estorieta para as vacas dormirem já tem barbas brancas é cansativa e muito irritante, mudem de postura excelências.
Recentemente o país perdeu uma cantora, portanto, Zena Bacar da província de Nampula e só agora é que as pessoas estão a dar créditos ao nome dela, que raio de brincadeira é esse?
Aquela senhora fez muito pela cultura nacional e merecia destaque muito antes até de estar doente, foram várias turnês em Moçambique e pelo mundo fora acompanhada pela sua banda, espectáculos de verdade não aquilo que alguns fazem nas discotecas de Sexta categoria e chamam de tur, muita calma nessa hora!
Há um artista que está doente, trata-se de um músico moçambicano que viveu muito tempo na Europa e lá lançou trabalhos apreciáveis içando as cores da nossa bandeira, assim está em Moçambique há mais de 7 anos e tem sido júri em alguns programas de caça talentos apoiando a música.
Não estão a endereçar mensagens de força nem apoios e muito menos fazem visitas, ou aguardam pela dita manchete:
A cultura moçambicana está de luto, morreu o músico fulano de F“.
Para depois entrarem em cena, pocha, que teatrinho do gosto mau!

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Max Zoe / Author & Editor

Has laoreet percipitur ad. Vide interesset in mei, no his legimus verterem. Et nostrum imperdiet appellantur usu, mnesarchum referrentur id vim.

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